domingo, 7 de novembro de 2010

OS DOIS LADOS DA BARRICADA




O avançado brasileiro Hulk, melhor marcador da prova, e o espanhol Roberto, último obstáculo da segunda melhor defesa, são o espelho dos inícios de época de FC Porto e Benfica e defrontam-se domingo, no Dragão.

O internacional "canarinho" tem sido a "alma" ofensiva dos 'dragões', com oito golos e uma série de exibições de grande nível, marcadas por desconcertantes e imparáveis correrias rumo às balizas adversárias, para finalizar, quase sempre bem, em força ou, novidade, com classe.

Hulk destaca-se na equipa dos azuis e brancos


Depois de na época passada ter sido castigado, Hulk é uma das figuras da equipa do FC Porto
Murad Sezer/ Reuters

Hulk, que a época passada apenas marcou nove golos em 19 jornadas e perdeu vários jogos devido a castigo devido a uma agressão a um stewart no túnel da Luz, simboliza também a transformação do FC Porto ao nível da qualidade futebolística.

Após as nove primeiras jornadas, os 'azuis e brancos' somam mais cinco pontos e só falharam a vitória em Guimarães, isto apesar de Hulk até a ter encaminhado, com um grande golo de pé direito, após mais uma brilhante jogava individual.

Com os seus golos, a sua força e as suas arrancadas, o jogador descoberto nos confins do Japão tem sido, inquestionavelmente, a grande figura da equipa comandada por André Villas-Boas e do próprio campeonato.

Em termos de destaque na imprensa, as manchetes dedicadas a Hulk só têm paralelo nas parangonas oferecidas ao guarda-redes espanhol Roberto, que chegou esta época à Luz, via Atlético de Madrid, a troca de 8,5 milhões de euros.

Má prestação na pré-temporada levantou dúvidas


Um "frango" na pré-temporada, face ao Sion, a 11 de julho, dia em que os seus compatriotas conquistavam o título mundial na distante África do Sul, cedo marcou Roberto, que passou a estar debaixo de todos os holofotes.


Depois de criar dúvidas com má prestação na pré-temporada, Roberto recupera na equipa da Luz
Armando Franca/ AP Photo

As dúvidas sobe a sua qualidade, nomeadamente a relação qualidade/preço, passaram a ser uma constante e foram subindo de tom ao ritmo dos golos que o espanhol ia sofrendo.

Dois golos sofridos na Supertaça (0-2 com o FC Porto) e outros tantos na ronda inaugural (1-2 com a Académica) elevaram o tom das críticas, que se tornaram "ensurdecedoras" após os dois consentidos no reduto do Nacional (1-2), especialmente o segundo, um golo mais do que caricato.

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